Porta de Vidro
"Soul Vaidosa": por que não?
O blog Soul Vaidosa traz assuntos sobre beleza, cabelos, moda, maternidade, racismo, feminismo negro e mostra o lifestyle da criadora Xan Ravelli. Xan (Alexandra, de nascimento) é a criadora do blog e canal no YouTube e se apresenta como: “Mãe de dois filhos, vaidosa de corpo e alma, esposa, musicoterapeuta, negra, crespa e muito de bem com a vida”.
O Soul se subdivide em temas como: “Maquiagem” e “Cabelo” que trazem tutoriais, sugestões, resenhas e dicas; “Meu Bebê Marrom” com dicas e orientações de como cuidar e lidar da educação de crianças negras; “Atitude”, “Estilo”, “Na Veia da Nega” e “Que Nega é Essa!”
A marca também está presente nas redes sociais Facebook e Instagram.
Parceiros: Pra Preta, Salon line, Yenzah
De Pretas: canal sobre representatividade
A carioca Gabi Oliveira, 24 anos e comunicóloga formada pela UERJ, criou o canal DePretas para falar sobre representatividade negra. Além de vídeos com conteúdo mais acadêmico, contando sobre como a sociedade se estrutura, os problemas raciais enfrentados por ela e mulheres negras no geral, Gabi abrange questões estéticas e da beleza negra. Dá dicas de maquiagem, produtos para o cabelo e moda de uma forma engraçada e leve, mas sempre buscando empoderar a mulher negra. A criadora quis passar todo seu conhecimento histórico-social, que teve acesso depois de entrar na faculdade, para outras mulheres que nem sempre têm a oportunidade de estudar.
A youtuber foi motivada a criar o canal DePretas após perceber a ausência da estética e beleza negras nos meios de comunicação de massa. A própria Gabi conta que sofreu uma pressão externa em busca do belo com padrões estéticos como das apresentadoras Xuxa e Angélica antes de “tornar-se negra”, como ela mesmo afirma. Seu trabalho de conclusão do curso foi um estudo sobre o “Papel das redes sociais na valorização da estética negra”. Criado em julho de 2015, atualmente seu canal de compartilhamento de vídeos conta com mais de 130 mil seguidores. O nome “DePretas” foi escolhido por ser contestador, forte e, principalmente, plural: feito por e para mulheres negras.
Link da página no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCF108KZPnFVxP8lILiJ1kng
O jornal "Nuvem Negra", feito por alunos da PUC-Rio, é semestral. O periódico, que está em sua terceira edição, apresentou um artigo sobre a quantidade de professores negros na PUC-Rio. Segundo o artigo, dos 1985 professores da instituição, apenas 4,3% são negros, dos quais, 3,2% são homens e 1,6%, mulheres. Ainda segundo o artigo, a proporção entre professores negros e brancos da instituição só seria coerente com a proporção da sociedade em 2136, caso a progressão fosse mantida no mesmo ritmo.
Há uma versão digitalizada no site que ainda está sendo construído coletivamente: o nuvemnegra.org. A versão online será lançada em breve. Leia a entrevista com Leonne Gabriel na página de abertura da revista "Porta de vidro".
Consciência negra na PUC-Rio
O Most Influential People of African Descent (Mipad) é um prêmio concedido aos afrodescendentes com menos de 40 anos mais influentes no mundo. O evento que aconteceu em Nova York comemora a década de proteção aos direitos do cidadão africano (2015-2024) proclamada pela ONU.
O Mipad premia pessoas em quatro diferentes categorias:. Políticos, . Empresários, Mídia e cultura e Religiosos. Em 2017, o casal de atores brasileiros Taís Araújo e Lázaro Ramos receberam o prêmio de personalidades negras mais influentes no mundo do Mipad. Além deles, estiveram presentes no evento a também brasileira Adriana Barbosa (fundadora do evento cultural Feira Preta), Ndaba Mandela (neto de Nelson Mandela), Beyoncé, Lupita Nyong’o e Lebron James.
A premiação tem o interesse em conectar negros para lutar pela década de proteção aos direitos do cidadão africano. https://www.opovo.com.br/divirtase/2017/09/lazaro-ramos-e-tais-araujo-recebem-premio-como-influenciadores.html
O blog Preta “Dotora” na Primeira Pessoa é escrito por Giovana Xavier. A iniciativa da professora, ativista, escritora e dona de ideias deu origem a movimentos como o Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras UFRJ.
Giovana também é autora de diversos artigos acadêmicos sobre experiências, trabalhos e histórias de mulheres negras. Se autointitulado como "afroempreendedora acadêmica", a ativista reúne no blog histórias vividas por ela e assuntos como cultura, antropologia e o ambiente negro.
A OXFAM é uma confederação mundial com mais de 3 mil parceiros e que atua em 94 países pela erradicação da fome e pela redução da pobreza e das desigualdades. A sigla é a abreviação de Oxford Committee for Famine Relief (Comitê de Oxford de Combate à Fome).
A organização foi fundada em 1942 por um grupo liderado por Theodore Milford com o objetivo inicial de persuadir o governo britânico a liberar remessa de alimentos às populações necessitadas da Grécia, ocupada, na época, pelos nazistas e sob bloqueio naval dos aliados.
Hoje, a organização atua em defesa de diversas frentes como acesso à educação, saúde de qualidade, inclusão social, ajuda a portadores de HIV, defesa da democracia e dos direitos humanos, ajuda humanitária a regiões vítimas de guerras e desastres naturais e busca por um comércio justo. No Brasil, a OXFAM já trabalhou em prol das cooperativas de agricultores do Nordeste e participou do processo de efetivação dos direitos conquistados após o fim do regime militar.
Desde 2001, a organização tem um escritório em Brasília. Dessa forma, ela pode trabalhar mais conectada com o governo brasileiro e, assim, desenvolver projetos públicos em consonância com os ideais da organização. A OXFAM se pretende a trabalhar, juntamente com seus parceiros em diversos países, a construir um futuro sem pobreza, desigualdade e injustiças. Mais informações podem ser encontradas no site www.oxfam.org.br.
Negra 'Dotora': cultura e antropologia
Lusofonia Afro-Brasileira: um novo caminho
A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB surgiu através da Lei nº 12.289, de 20 de julho de 2010. Segundo o artigo 2º, “A Unilab terá como objetivo ministrar ensino superior, desenvolver pesquisas nas diversas áreas de conhecimento e promover a extensão universitária, tendo como missão institucional específica formar recursos humanos para contribuir com a integração entre o Brasil e os demais países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP, especialmente os países africanos, bem como promover o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural, científico e educacional”.
A Unilab tem sede no Ceará, em Redenção e Acarape e na Bahia, no município de São Francisco do Conde. A universidade fundamenta suas ações no intercâmbio acadêmico e solidário com Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Seus cursos e ações têm foco preferencial em áreas estratégicas de interesse do Brasil e dos demais países parceiros, reunindo estudantes e professores brasileiros e estrangeiros e contribuindo para que o conhecimento produzido no contexto da integração acadêmica seja capaz de se transformar em políticas públicas de superação das desigualdades.
A Unilab expressa um número total de 6.803 estudantes (graduação, pós-graduação, presencial e a distância), dos quais 3.995 são da Graduação Presencial (por nacionalidade: Brasil: 2.964, Angola: 151, Cabo Verde: 91, Guiné-Bissau: 622, Moçambique: 32, São Tomé e Príncipe: 84, Timor Leste: 51).
A Raça Brasil é a primeira revista brasileira com conteúdo relacionado à cultura negra. Publicada mensalmente pela Editora Pestana Arte & Publicações, está há 21 anos em circulação no país. É um produto segmentado destinado ao público geral, com ênfase maior na comunidade afrodescendente, sem restrição à faixa etária. A revista é uma das mais importantes do Brasil e se tornou referência em reportagens que tratam a questão do negro no país. Nas suas páginas, ressalta a importância e a beleza negra desde a primeira edição.
A Raça Brasil também aborda assuntos gerais relacionados à economia, política, área social, comportamento e outros temas. A publicação tem seções que mostram a questão racial vista a partir de diversos ângulos, como Páginas Pretas, Moda e Beleza, Festas e Especiais. No espaço Você e Raça, os leitores podem enviar fotos e compartilhar histórias. O site, a Raça Brasil disponibiliza uma seção voltada aos assinantes que podem se cadastrar e criar um login exclusivo para acessar a plataforma virtual. Hoje, a revista tem investido principalmente no conteúdo digital, disponível no site www.revistaraca.com.br.
'Revista Raça': a primeira do país
Festival X-Tudo - Feira Preta
Com o tema Cultura Negra e seus Desdobramentos na Sociedade, o Festival X-Tudo Sesi Cultural promove o maior festival de cultura negra da América Latina: o Feira Preta. Em seus 15 anos, o evento se tornou referência absoluta de representatividade da comunidade negra no Brasil, de fortalecimento da população e das múltiplas matrizes artístico-culturais de negros e negras.
O evento se torna necessário a partir do momento que o país se consolida como um país racista, onde o não tem voz e é silenciado pela hegemonia branca e sua cultura. Dessa forma, a Feira Preta surge como uma oportunidade para a comunidade negra mostrar as tendências africanas contemporâneas no setor do mercado, das artes, da educação. A feira dura o dia inteiro com atrações e programação toda gratuita.
O Festival X-Tudo Sesi Cultural se consolidou como uma plataforma de empreendimentos culturais, econômicos e educacionais, capitaneados pelo Instituto Feira Preta. Um dos objetivos é difundir a cultura, literatura e música negra e seus diversos artistas. Ou seja, ela funciona como uma plataforma de divulgação de eventos, iniciativas, exposições e performances nas áreas: fotografia, cinema, artes plásticas, música, literatura, artesanato, moda, design, hip-hop, teatro, dança, educação e economias criativa e solidária, que mobiliza inúmeros representantes da cultura afro-brasileira e empreendedores de diversas regiões do Brasil.
Afro e Afins: o dia a dia da mulher negra
Igualdade de raça e gênero, já!
Criado pela paulistana Natály Neri, o canal “Afro e afins” retrata os dilemas de uma mulher negra no dia a dia brasileiro. Temas referentes a empoderamento feminino e beleza negra fazem presença nos vídeos postados semanalmente no canal. Com mais de 250 mil inscritos no youtube, a estudante de Ciências Sociais se tornou uma das digitais influencers mais renomadas da plataforma. Pensando nisso, Natály também expandiu sua participação para outras meios digitais, como o Facebook. Lá, a página Afro e Afins por Nataly Nery já atingiu mais de 50 mil curtidas. Para você que ainda não conferiu, vale a penar assistir aos vídeos que tratam de apropriação cultural e negros nas universidades.
O êxito de sua empreitada na esfera digital garantiu presença também na televisão. Neste ano, Natály Neri passou a dar dicas de beleza no GNT. Caso tenha se interessado acesse a página “Afros e Afins por Nátaly Nery” no Facebook ou o canal “Afros e Afins” no youtube.
O Centro de Estudos das Relações de Trabalho (CEERT) é uma organização não-governamental fundada em 1990, que produz e realiza projetos voltados para a promoção da igualdade de raça e de gênero, e luta pelo fim do preconceito. O CEERT desenvolve projetos para facilitar à população negra a ter igual acesso à justiça e trabalho. Eles contam com uma equipe de psicólogos, juristas, educadores, sociólogos, assistentes sociais e gestores que ajudam na implantação de programas de promoção da igualdade racial em escolas, empresas, órgãos público e sindicatos. O centro também é responsável por assessorar órgãos do governo, instituições privadas e movimentos sociais em formação política, capacitação de pessoal e produção de material didático.
Em seu site na internet, publica matérias, vídeos e reúne as publicações em um boletim mensal. Além da defesa dos direitos humanos, a ONG também realiza estudos e pesquisas em Ciências Sociais, Políticas e Humanas. Em 2016, por exemplo, o CEERT pesquisou e destacou em uma matéria, dez vloggers negros que militam pela representação. No ano anterior, publicou uma matéria mencionando um estudo publicado como pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Iesp-Uerj), que confirma a sub-representação negra nas novelas da TV Globo, dos últimos 20 anos.
Serviço:
Centro de Estudos das Relações de Trabalho – CEERT
Site: www.ceert.org.br/
Facebook: www.facebook.com/ceert.org.br/
Combate à fome e à desigualdade
Maiores influenciadores: Taís e Lázaro









Afroflix é uma plataforma colaborativa que disponibiliza conteúdos audiovisuais online com pelo menos uma área de atuação técnica ou artística assinada por uma pessoa negra. As produções são filmes, séries, web séries, programas diversos, vlogs e clipes que são escritos, produzidos, dirigidos ou protagonizados por pessoas negras.
A plataforma inicialmente disponibiliza somente produtos brasileiros. O conteúdo é gratuito.

A Netflix lança produções com atuação negra

Com o intuito de discutir a desigualdade racial no Brasil e como ela se manifesta no meio jornalístico, a Casa Pública convidou para um debate público os jornalistas Pedro Borges, co-fundador do portal Alma Preta, a jornalista Cíntia Cruz, do Jornal Extra e o documentarista Filó Filho. Os entrevistados vão discutir como o racismo é tratado nas pautas, nas redações mais tradicionais e no jornalismo independente. Pedro Borges e Filó Filho farão um panorama geral de como é ser comunicador negro e independente no Brasil. Cíntia Cruz contribuirá com o olhar de uma jornalista negra que pauta e discute o racismo dentro de uma redação. O evento será aberto ao público no dia 25 de novembro, às 16 na Casa Pública, rua Dona Mariana 8, Botafogo.
Racismo nas redações de jornais

